quarta-feira, 26 de novembro de 2014


EXECUÇÃO DO PROJETO COMUNICAÇÃO VISUAL









Mardilson apresentando o Projeto



UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
Disciplina: Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem II
Professora: Ana Beatriz Barroso
Tutor(a):  Gregório Soares de Oliveira
Aluno(a): Áurea Moura de Oliveira
Atividade: Minha visão sobre o trabalho do outro

Projeto interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem (Arte e História)
Titulo: Registro Pictórico-Arte como documento histórico

Apresentado por Mardilson Torres
“Fazer é compreender, a aprendizagem é uma construção”
                                                                Jean Piaget

O Projeto foi trabalhado de forma lúdica, pois sugere a criação de um ambiente em que o aluno é motivado a construir os conhecimentos articulando os conteúdos e estabelecendo conexão entre as duas áreas do conhecimento - Arte e História, proporcionando aos alunos raciocinar, construir e desenvolver as competências e Habilidades necessárias.
O assunto Foi abordado de maneira interdisciplinar, expondo os fatos e acontecimentos históricos dos séculos XVIII, XIX e XX pintados pelas mãos de artistas renomados. Eventos da história politica, batalhas e cenas de guerras, personagens célebres, fatos e feitos de homens notáveis que são descritos em telas. Considero estes registros como documentos imagéticos que ajudam a contar a história, de forma a explorar as artes agregadas ao conhecimento já adquirido ao longo da trajetória de vida dos alunos, para exemplificar os conteúdos, diminuindo as distâncias entre os conteúdos curriculares e sua aplicabilidade no dia-a-dia.
Discutiu como eram concebidas essas obras, abordando desde a técnica, temas e cenas pintadas, levando-se em consideração algumas interrogações. Vaidade e status dos retratados; superioridade e da nobreza.

O papel social da escola é de preparar os cidadãos atuantes na sociedade, tomando como base este pensamento, o projeto foi desenvolvido de forma dinâmica e  contextualizada, instigando os alunos a investigação, pesquisa para expressar-se aplicar a linguagem da Arte e da História de forma a reconhecer situações e ser capaz de reconhecer e interagir adequadamente.

Mardilson explorou a arte como documentação ou pintura histórica que era fruto de academias europeias e que veio para o Brasil  no reinado de Dom João VI, através da missão francesa no ano de 1816,servindo as elites dirigentess do Brasil no sentido de documentar os acontecimentos e interesse da corte(status),cuja memória seria perpetuada. Portanto, a ideia foi de apresentar e discutir alguns desses acontecimentos históricos no Brasil e outros países mostrando como se sucederam tais registros levando em consideração a vida dos artistas envolvidos com a temática e movimentos artísticos com base no contexto histórico.
Foi explanado também que antes da invenção da fotografia os acontecimentos eram registrados pelas mãos dos pintores acadêmicos do sec. XVIII ,XIX e XX seguindo uma rígida técnica com regras e cânones.


UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
Disciplina: Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem II
Professora: Ana Beatriz Barroso
Tutor(a):  Gregório Soares de Oliveira
Aluno(a): Áurea Moura de Oliveira
Relatório do Projeto: Poetas da própria vida: Comunicação Verbal e Visual

Relatório de execução do projeto de ensino Interdisciplinar II

Nos primeiros contatos com a equipe da escola Prof. Reinaldo Pereira da Silva, conversei com a direção e a coordenação para solicitar autorização para executar o trabalho na referida escola, que foi muito bem visto, em seguida fui encaminhada a sala do professor Gadelha, professor de Artes do ensino fundamental daquela respeitada instituição.
Em seguida fiz a apresentação do projeto Comunicação Visual e Verbal  aos seu alunos, oportunidade em que os professores de português e ensino de Arte também se fizeram presentes, os quais deram seus pareceres e se mostraram bastante receptivos ao projeto em tela.
Nesse mesmo dia foi conversado com o professor de artes, o senhor Gadelha e juntos definimos os horários das aulas e agendamento do Datashow e equipamentos a serem utilizados nas aulas.
As aulas ficaram definidas da seguinte forma: quatro aulas de 60 minutos, sendo distribuídos na quarta-feira, sendo o segundo horário (08h15min ás 09h15min) e sexta-feira o último horário (10h15min ás 11h15min).
No primeiro dia houve uma conversa com os educandos sobre suas curiosidades e seus conhecimentos a cerca das artes e dos artistas clássicos, enfatizando sobre o artista plástico Wassily Kandinsky. Vale ressaltar que esse artista ainda não era conhecido pelos alunos, porém citaram alguns como: Vincent Van Gogh, Pablo Picasso, Michelangelo, já Kandisky era um ilustre desconhecido para eles.
Na sequência foi apresentado em slides informações sobre o Kandinsky e sua obra “X Composição”, os alunos observaram atentamente a imagem, as cores, as formas e a base ou fundo. Fiz uma breve explanação e iniciamos os debates sobre a obra “X Composição” de Kandinsky, porém fomos interrompidos pelo diretor e o coordenador pedagógico, o senhor Roberto, que precisava realizar uma prévia para escolher o líder da sala, com o intuito de organizar a festa dos professores que acontecerá no dia 12 de outubro, em fim ficamos no prejuízo, pois com essa interferência nos custou quinze minutos a menos do tempo da aula.  Além de quebrar o clima, levamos alguns minutos para reiniciar os debates, que infelizmente não foi concluído nesse dia.
No segundo dia realizamos uma pequena revisão do assunto tratado na aula anterior, para que pudéssemos retomar ao debate sobre a obra “X Composição” de Kandinsky. Poucos alunos se dispuseram a falar, O aluno Luciano falou que a pintura desse artista é bem interessante, mesmo dizendo que é abstracionista, no trabalho dá para ver e entender alguns objetos como: asa de pássaro, rosto de pessoas, se a gente procurar com atenção vai encontrar um monte de coisas.
A aluna Layane relatou que já havia visto obras abstratas só que eram um monte de tintas que não dava para identificar quase nada, a pintura do artista é cheia de cores e figuras alegres bem gostoso de ver. Vejo um pássaro com cabeça de gente segurando uma câmera digital com mãos de asas.
O aluno Douglas falou que esse negócio de artes é muito complicado, a gente pensa que o artista só faz coisas bonitas que a gente possa ver e gostar, mais eles fazem coisas esquisitas e dizem que é arte. Nesse quadro o artista pintou um grande sol dourado e uma pequena lua de prata, no meio de uma montanha de traços coloridos e bem alegre, acho que ele gosta das cores de vida.
E para finalizar o encontro foi explanado que a arte não necessariamente tem que ser bonita, como também não precisa ser explicado, pois é para ser apreciada e fazer refletir, o sentido da arte não se configura em dar um único sentido ou sentimento, pois sua vai variar dentro do universo de quem a vê, cada ser fará uma leitura diferente, terá sensações e inquietações divergentes com relação à mesma imagem. Esse momento foi uma problematização para a aula do dia seguinte.
No terceiro dia apresentamos a letra e música do Zeca Baleiro “Bienal”, a mesma causou certo estranhamento, pelo fato de trazer várias expressões desconhecidas, realizamos a leitura e de acordo com a necessidade, fomos explicando o que não entenderam, usei um breve glossário com as palavras estranhas. Após as explicações a turma foi dividida em três grupos estimulados a reler o poema e fazer seus comentários ou fazer um poema fundamentado na música Bienal de Zeca Baleiro.
Poucos alunos realizaram a tarefa e não se sentiram encorajados a socializar seus escritos.
No quarto e último dia os alunos se mostravam eufóricos, todos queria trabalhar com as cores. Como na sala de aula não oferecia condições para a prática de pintura, pelo fato de não ter mesas e as carteiras ou cadeiras não serem adequadas, sugeri que levássemos a turma para o pátio da escola, onde organizamos as mesas e todo o material: blocos de papel A3, cartolinas de várias cores, tinta guache, pinceis de nº variados, lápis de desenho de vários números pratos e copinhos descartáveis com água, papel toalha, fitilhos decorativos.  Os alunos realizaram suas pinturas, livremente, embora o comando fosse a partir da obra de Kandinsky.
O Projeto foi bastante proveitoso, foi executado na escola Prof. Reinaldo Pereira da Silva na turma do ensino fundamental, do professor Gadelha.
            As experiências dos alunos sempre tomam cunho pessoal no qual expressão suas experiências de vida ou sonhos. A arte é um perigo, é também sensibilidade, pois revela segredos mais guardados e expõe seu criador.
A princípio alguns dos alunos mostraram-se bastante interessados e outros nem tanto, porém ao final todos estavam bastante envolvidos com o projeto, percebi que foram momentos bastante agradáveis, o professor Gadelha se envolveu e juntos executamos as ações, acredito que a parceria foi muito boa neste momento em que eu precisava de uma turma para aplicar o projeto e ele precisava de algo inovador que motivasse a turma, então, considero que essa foi uma cooperação perfeita.
Este projeto além de explorar o ensino da arte e o ensino de língua portuguesa, através da interdisciplinaridade  pelo viés da arte, no qual apresentei a obra de Wassly Kandinsky “X Composição” 1939 e, a composição do cantor, compositor, cronista e músico brasileiro de MPB, Zeca Baleiro “Bienal”. Foi bem satisfatório observar o desvelar dos alunos como seres simbólicos, representando seus pensamentos e sentimentos por meio dos desenhos e pinturas
         
Ao observar o trabalho, percebo o quanto esta ação foi importante para todos os envolvidos na educação daquela instituição de ensino, pois foi um projeto que além da leitura a apreciação, produção houve a reflexão dos alunos com relação a sua pessoa, as aulas foram convidativas e instigantes, pois percebi o envolvimento dos alunos com a leitura e a dedicação ao representar plasticamente o visual captado pela sensibilidade e criticidade do leitor e seu olhar.
            Foi um trabalho que explorou a leitura imagética e textual, valorizando a produção textual e plástica, comprovando que ambas estão interligadas na função comunicativa que envolve os seres socialmente construídos.
            Portanto foi uma experiência plausível e coerente ao ensino da disciplina de Artes Visuais, convém ressaltar, que a partir desse trabalho sentimos a necessidade de um planejamento e intervenções pedagógicas, nas escolas, visando identificar as fragilidades e as potencialidades das estratégias de ensino para adequá-las ao curriculum proposto pela Secretaria de Estado de Educação, pois cabe à escola cumprir com o papel social buscando garantir a qualidade na aprendizagem e desenvolvimento das capacidades relacionadas ao ensino da arte e também ao desenvolvimento de habilidades da turma.







MATERIAL UTILIZADO NO PROJETO